Seja você um profissional de RH, seja você um candidato em busca de melhores posições, fato é que provavelmente já se deparou com os debates acerca da falta de diversidade no mercado. Essa é, inclusive, a principal demanda do futuro das contratações. E uma polêmica bastante comum a esse tema tem nome e sobrenome: o tokenismo.
Prática – infelizmente – comum no mercado de trabalho, o tokenismo trata da inclusão de profissionais que representam grupos minoritários em posições de liderança apenas para cumprir quotas de diversidade. Ou seja, contratações com o único objetivo de “cumprir cotas” sem a real intenção de oportunizar ou fazer crescer no ambiente corporativo.
Esse tipo de problema nem sempre é tratado com transparência pelas empresas. Algumas, inclusive, não necessariamente fazem por querer: a falta de planejamento estratégico ou mesmo a falta de conhecimento técnico faz com que muitos profissionais de RH conduzam mal todo o processo de recrutamento e seleção com foco em inclusão e diversidade.
As consequências no longo prazo podem afetar não só o profissional, mas a empresa como um todo. O tokenismo pode levar a decisões erradas de contratação, prejudicando o employer branding e aumentando o risco de turnover. Saiba mais sobre!
Antes de aprofundarmos o debate sobre essa temática polêmica, é importante detalharmos sobre o que é o tokenismo e como ele se dá no ambiente de trabalho. A primeira informação que você deve ter em mente é que não se trata de uma abordagem nova – mas só agora ela vem sendo “escancarada” e debatida.
O tokenismo no ambiente de trabalho é a prática de incluir pessoas de grupos minoritários, como mulheres, negros, pessoas LGBT+ e pessoas com deficiência, em posições de liderança apenas para cumprir quotas de diversidade, sem dar a elas as mesmas oportunidades e recursos que são dados aos membros da maioria.
Ou seja, a “prática” abrange o leque de semelhanças e diferenças que cada pessoa traz para a organização, como língua, raça, cor, sexo, idade, religião, estatuto socioeconómico etc. O tokenismo é a discriminação que ocorre quando as empresas cometem erros de diversidade e inclusão.
Uma das principais causas do tokenismo é a falta de conscientização sobre as desigualdades e, principalmente, sobre como aplicar métricas de diversidade na prática. Além disso, muitas empresas se sentem pressionadas a atender determinadas “pautas” do debate público a fim de se mostrarem em dia com as temáticas debatidas.
A prática, além de ser extremamente prejudicial e desrespeitosa, gera uma espécie de “efeito cascata” para os times de RH, que se veem confusos para mudar o cenário já instaurado.
Além de ser uma prática prejudicial e desrespeitosa, o tokenismo também pode levar a uma série de consequências negativas para os profissionais envolvidos. Consequentemente, perde também a companhia.
Para as pessoas “tokenizadas”, pode ser difícil se sentir valorizado e respeitado no mercado de trabalho. Esses profissionais podem sentir que foram contratados apenas para cumprir uma agenda, sem usufruir das mesmas oportunidades e recursos que os membros do alto escalão da empresa.
Já pelo lado da companhia, o tokenismo pode levar a uma falta de diversidade real e inclusão, já que as pessoas tokenizadas podem não se sentir valorizadas e, portanto, não se desenvolver e progredir na carreira. A falta de perspectiva, por fim, leva a uma baixa no desempenho dos profissionais e numa espiral de turnover sem fim para a empresa.
Agora que você compreendeu as principais características e os perigos do tokenismo no local de trabalho, vamos discutir as formas de os evitá-lo na sua organização.
O primeiro passo para evitar o tokenismo no ambiente de trabalho é identificar onde ele está acontecendo. Nesse ponto, o RH deve medir esforços para avaliar quais são as áreas de maior concentração de públicos majoritários na empresa, bem como apontar uma estratégia para diversificar os times.
Isso pode incluir observar a representação de minorias em cargos de liderança, verificando se há equidade salarial e avaliando como esses profissionais são tratados e incluídos nas decisões importantes da companhia.
Uma vez identificadas as desigualdades, é importante envolver as minorias no processo de mudança. Ou seja: ouvir suas opiniões e perspectivas, permitir que participem de grupos de trabalho e comitês e incluí-los em processos de tomada de decisão.
Caso a empresa não tenha um líder ou uma área específica de diversidade, pode incluir profissionais de fora. Trazer para dentro da empresa representantes da comunidade negra e LGBTQ ou membros de ONGs e comunidades contribui para uma visão ampla dos problemas e das soluções que podem ser implementadas.
Além de envolver as minorias, é importante implementar políticas e práticas inclusivas para garantir que todos os funcionários sejam tratados de maneira justa e equitativa. Tanto o RH como as lideranças da empresa devem trabalhar em sinergia, a fim de implementar novas abordagens de recrutamento e seleção, e treinamentos para as equipes já existentes.
Também é fundamental que haja um canal aberto e transparente de diálogo, para que os funcionários possam relatar qualquer discriminação ou preconceito que sofrerem durante o trabalho.
Por fim, é importante monitorar e medir o progresso em relação ao combate ao tokenismo no ambiente de trabalho. Isso inclui avaliar regularmente a representação de minorias em cargos de liderança, verificando se há equidade salarial e avaliando como as pessoas de minorias são tratadas e incluídas nas decisões importantes.
A partir desses dados, será possível identificar as áreas onde ainda há desigualdade e ajustar as políticas e práticas para continuar melhorando a inclusão e a diversidade dentro do ambiente corporativo.
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