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Employee Value Proposition (EVP): o que é e como construir em 2025

Mayla Araújo


Competitividade e escassez de profissionais em áreas-chave caminham juntas no mercado de trabalho. Nesse sentido, as empresas se veem diante de um desafio cada vez maior: como atrair e reter talentos de alto nível?


A resposta pode ser encontrada no conceito de Employee Value Proposition (EVP), uma espécie de índice de reputação da empresa. Em linhas práticas, trata-se de uma proposta de valor clara e diferenciada para os colaboradores a fim de retê-los na organização.


Em 2025, as expectativas dos profissionais em relação ao emprego serão ainda mais complexas: equilíbrio entre vida pessoal e profissional, propósito social, inclusão, flexibilidade e desenvolvimento contínuo tendem a estar no topo da lista de prioridades.


Com esse cenário à espreita, tão importante quanto oferecer um bom salário é demonstrar uma cultura acolhedora, oportunidades de desenvolvimento e um propósito capaz de engajar as pessoas no longo prazo.


Mas por onde começar a estruturar uma EVP sólida, especialmente em um cenário de rápidas transformações no mundo do trabalho? A seguir, vamos explorar o que é o Employee Value Proposition, porque ele é essencial e como as empresas podem construir (ou revisar) sua proposta de valor ao colaborador.


O que é Employee Value Proposition (EVP)?

Em linhas gerais, o Employee Value Proposition reúne valores, benefícios e experiências que uma empresa oferece aos colaboradores em troca de suas competências e dedicação.


Apesar de muita gente associar esse conceito apenas a salário e benefícios tradicionais, o EVP vai muito além, englobando aspectos como:


●       Oportunidades de carreira e desenvolvimento;

●       Ambiente de trabalho (cultura, clima, estilos de liderança);

●       Propósito e impacto social da empresa;

●       Flexibilidade (horários, trabalho remoto, licenças especiais);

●       Reconhecimento (programas de incentivo, planos de carreira).


Quando bem estruturada e comunicada, a proposta de valor funciona como um diferenciador no mercado, ajudando a atrair talentos alinhados à cultura interna e a mantê-los motivados ao longo do tempo.


Em um cenário de competição acirrada, oferecer esse valor de forma clara pode ser um ponto de virada para a construção de equipes sólidas e comprometidas.


Por que o EVP será ainda mais relevante em 2025?


Alguns fatores ajudam a explicar a importância crescente do EVP nos próximos anos:


  1. Escassez de talentos em áreas específicas: a adoção de IA, análise de dados e desenvolvimento de software continuará em destaque, tornando a disputa por especialistas ainda mais intensa. Uma proposta de valor atrativa ajuda a captar e reter esses profissionais antes que a concorrência o faça.


  2. Valorização do propósito e da flexibilidade: cada vez mais, profissionais buscam equilíbrio entre vida pessoal e profissional, além de um sentido mais amplo no trabalho. Por isso, aspectos como impacto social, horários flexíveis e modelos de trabalho híbridos devem ser incorporados ao EVP.


  3. Diversidade e inclusão: já não se trata apenas de uma questão de responsabilidade social; empresas que promovem diversidade e inclusão de forma genuína demonstram um ambiente de trabalho acolhedor e inovador. Esse fator tende a ser decisivo na escolha dos profissionais mais exigentes.


  4. Transformações no formato de trabalho: o EVP precisa contemplar estruturas que garantam a sensação de pertencimento mesmo à distância. Propostas que equilibrem autonomia e suporte constante serão muito valorizadas pelos colaboradores.


Como construir (ou revisar) um EVP pensando em 2025


Criar uma proposta de valor sólida demanda pesquisa e planejamento, mas sobretudo conhecimento real do que a empresa representa. Confira algumas etapas fundamentais:


1. Entender a cultura e os valores atuais

Antes de definir qualquer proposta, é importante mapear quem a empresa é de fato. Isso inclui:

Pesquisas internas, como questionários de satisfação e eNPS, que mostram como os colaboradores enxergam o ambiente de trabalho;

Entrevistas com líderes e gestores, para identificar pontos de convergência (ou divergência) entre o que se prega e o que acontece no dia a dia.


Essas informações ajudam a verificar quais elementos já são fortes na cultura organizacional e quais precisam ser trabalhados para compor um EVP autêntico.


2. Identificar necessidades e expectativas dos colaboradores

Um EVP eficaz responde às demandas reais de quem está na organização. Ir além de pesquisas tradicionais pode significar:

● Grupos de discussão e conversas em profundidade com colaboradores de diferentes níveis e áreas;

Benchmarking com empresas de porte ou segmento similar para compreender boas práticas e tendências emergentes.

Essa escuta ativa gera insumos valiosos para ajustar ou reforçar elementos do EVP de acordo com o perfil dos profissionais que a empresa deseja atrair ou reter.


3. Envolver a liderança na construção

Se a alta liderança não estiver engajada, dificilmente o EVP ganhará força. Por isso, é crucial:

●Realizar workshops de alinhamento com diretores e gestores, apresentando dados e discutindo os pilares da proposta de valor;

● Mostrar exemplos reais de como a cultura e a proposta de valor impactam o dia a dia e, principalmente, a produtividade e o clima organizacional.

Quando o board percebe os benefícios de um EVP bem definido, o engajamento se torna mais natural.


4. Comunicar de forma autêntica

Depois de estruturado, o EVP precisa ser comunicado internamente (para colaboradores) e externamente (para potenciais candidatos). Alguns pontos de contato estratégicos:

Páginas de carreira e redes sociais corporativas, que devem apresentar a cultura e os benefícios de maneira clara e atrativa;

Materiais de onboarding, mostrando aos novos talentos o que esperar e como se desenvolver na empresa;

●  Campanhas de endomarketing, reforçando valores e práticas do dia a dia e apresentando histórias reais de colaboradores.

A ideia é garantir que a “promessa” feita ao colaborador seja sentida na prática. Transparência e coerência são fundamentais para evitar frustrações.


5. Revisar e atualizar conforme o cenário evolui

Assim como a cultura, o EVP não é estático. À medida que a empresa se desenvolve, tendências mudam e prioridades dos colaboradores se transformam, é preciso rever a proposta de valor.

● Acompanhe indicadores de retenção, engajamento e satisfação para medir a eficiência do EVP;

●  Colete feedbacks regularmente, mantendo um processo de melhoria contínua;

● Antecipe tendências: temas como sustentabilidade, saúde mental e qualidade de vida podem ganhar ainda mais destaque no futuro próximo.


Conclusão

Como é possível observar, um Employee Value Proposition sólido e bem alinhado à realidade organizacional é determinante para competir na busca pelos melhores profissionais.

Além de oferecer salários competitivos, é papel das empresas demonstrar consistência cultural, preocupação com o bem-estar e oportunidades de crescimento genuínas — pontos que vão muito além do discurso e devem ser vivenciados diariamente.


Quando a proposta de valor ao colaborador é clara, os processos de R&S se tornam mais assertivos e a retenção de talentos acontece de forma mais natural. Profissionais satisfeitos e motivados tendem a permanecer por mais tempo, contribuir com novas ideias e construir relacionamentos positivos dentro da equipe.


A Quickin, com suas soluções de recrutamento e seleção, pode ser uma aliada nessa jornada, ajudando a transformar dados em  insights valiosos para transformar desafios em oportunidades de crescimento.

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