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Data-driven: a importância da cultura de dados na gestão de pessoas

  • Mayla Araújo
  • 24 de mar.
  • 3 min de leitura

Impulsionada pela digitalização de processos e pelo uso de dados para embasar decisões, a gestão de pessoas passou por uma transformação profunda nos últimos anos.


Conhecida como data-driven, a abordagem utilizada hoje representa um salto de qualidade no RH, permitindo maior precisão na escolha de candidatos, mapeamento de competências, planejamento de sucessão e outras práticas essenciais para o sucesso organizacional.


A seguir, vamos explorar o que é uma cultura data-driven, por que ela é relevante para a gestão de pessoas e como as empresas podem começar a aplicá-la no dia a dia. Confira!


O que significa ser data-driven?

Ser data-driven significa tomar decisões orientadas por dados, em vez de baseá-las apenas em intuição ou experiência prévia.


No contexto de RH, trata-se de coletar, analisar e interpretar informações sobre colaboradores, candidatos e processos, extraindo insights que permitam otimizar práticas de recrutamento, seleção, desenvolvimento e retenção de talentos. Esse processo gera:


Mais objetividade e menos subjetividade: ao contar com relatórios, métricas e indicadores, o RH minimiza a dependência de opiniões individuais e reduz vieses inconscientes.

Agilidade na tomada de decisão: com dados em mãos, é possível identificar gargalos e oportunidades em tempo real, ajustando estratégias rapidamente.

Foco em resultados: em uma cultura de dados, cada iniciativa é acompanhada de métricas que comprovem o retorno do investimento (ROI).


Por que a cultura de dados é essencial na gestão de pessoas?


1. Competitividade e inovação

Em um mercado cada vez mais competitivo, empresas que utilizam dados para guiar suas decisões de RH saem na frente. Isso porque a análise de dados ajuda a antecipar tendências de mercado, detectar lacunas de competências internas e promover ações de capacitação alinhadas às necessidades futuras.


2. Redução de custos e otimização de recursos

Quando os processos de recrutamento e retenção são baseados em dados, é possível diminuir o turnover e contratar pessoas mais alinhadas às exigências técnicas e culturais da empresa. Além disso, métricas de produtividade e desempenho podem indicar pontos de melhoria, evitando alocação inadequada de recursos.


3. Maior satisfação e engajamento

O uso de dados em pesquisas de clima organizacional, avaliações de desempenho e mapeamento de habilidades permite criar planos de carreira mais coerentes e personalizar iniciativas de bem-estar. Dessa forma, o colaborador percebe que suas necessidades e potencialidades estão sendo levadas em conta, sentindo-se mais valorizado.


Áreas de aplicação do data-driven no RH


  1. Recrutamento e seleção

○ Ferramentas de análise preditiva ajudam a filtrar currículos e identificar candidatos com maior potencial de sucesso no cargo.

○Métricas como time-to-fill (tempo para preencher uma vaga) e cost-per-hire (custo por contratação) indicam a eficiência do processo.


  1. Desenvolvimento e treinamento

○ A partir da mensuração de competências e avaliação de desempenho, é possível direcionar programas de capacitação para as áreas com maior carência.

○ Relatórios sobre engajamento e evolução dos participantes após o treinamento mostram o real impacto da iniciativa.


  1. Performance e produtividade

○ Ferramentas de people analytics coletam dados para estabelecer correlações entre variáveis de desempenho e metas organizacionais.

○ Indicadores como absenteísmo e turnover dão pistas valiosas sobre possíveis melhorias na gestão de pessoas.


  1. Planejamento de sucessão

○ Mapear habilidades e identificar colaboradores com alta capacidade de crescimento é mais fácil quando há dados estruturados sobre desempenho, interesses e ambições.

○ Dessa forma, pode-se planejar a formação de lideranças internas com maior assertividade, reduzindo riscos na continuidade do negócio.


Como construir uma cultura data-driven na gestão de pessoas


O primeiro passo para implementar uma cultura de dados é definir quais metas a empresa deseja alcançar. Deseja reduzir o turnover? Aumentar o número de contratações de perfis específicos? Identifique os indicadores-chave (KPIs) que vão medir o progresso rumo a esses objetivos. Exemplos:


●       Turnover rate (taxa de rotatividade);

●       Tempo médio de contratação;

●       Engajamento dos funcionários (medido por meio de pesquisas de clima);

●       Produtividade da equipe (avaliada por metas de entrega ou indicadores de performance).


Para centralizar e analisar esses dados, muitas empresas contam com sistemas de ATS, plataformas de gestão de RH e soluções de people analytics. Essas ferramentas facilitam:


●       Coleta e organização de dados em painéis ou dashboards;

●       Comparação de métricas ao longo do tempo;

●       Identificação de padrões e correlações importantes.


Por fim, vale lembrar que, com grandes volumes de dados à disposição, é fundamental respeitar a privacidade dos colaboradores e as regulamentações vigentes (como a LGPD, no Brasil). Defina limites claros sobre o uso e o acesso às informações, mantendo a transparência com a equipe.

 
 
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