Poucos setores sofreram mais mudanças durante a pandemia do que aqueles ligados às relações de trabalho. O trabalho presencial deu lugar ao remoto, e hoje muitas empresas já não pensam mais em voltar para o antigo formato. Os trabalhos híbridos se tornaram normais e recrutar através das plataformas digitais é o caminho. O futuro das contratações já está entre nós.
Segundo pesquisas, cerca de 70% dos gestores desejam o retorno de seus funcionários ao escritório, mas apenas 34% dos profissionais cogitam adotar essa ideia. Há maior resistência sobre as imposições de mercado, com profissionais cada vez mais independentes e exigentes – com razão.
Para os setores de RH, é chegada a hora de ligar o alerta. Como prospectar os melhores talentos do mercado e evitar o turnover? Quais estratégias adotar em entrevistas em vídeo? Confira os principais apontamentos a seguir.
Habilidades acima do diploma
Foi-se o tempo em que o currículo educacional tinha tanto peso para as empresas. Em um mundo cada vez mais globalizado e, principalmente, conectado digitalmente, empresas têm se atentado para profissionais que saibam se adaptar conforme a demanda de trabalho. A
é a chave para o futuro do mercado de trabalho.
No campo das exatas, destacam-se aqueles que sabem se utilizar de habilidades de programação, enquanto no campo das humanas ganham a preferência quem tem oratória e sabe lidar com negociações. A cada nova função, uma nova habilidade é colocada em prática sem concentração de um único conhecimento.
Por isso, os setores de RH devem olhar mais para as habilidades práticas em cada campo que o profissional já passou, e menos para o teórico. Isso não quer dizer deixar totalmente de lado as habilidades acadêmicas. Mas, incentivar os funcionários a constantemente se atualizarem mesmo em áreas que não estejam acostumados.
Diferentes gerações convivendo lado a lado
A força de trabalho nunca esteve tão diversificada como hoje. É provável que o seu local de trabalho integre diferentes gerações, com profissionais Baby Boomers, Millennials e da Geração Z. Com tanta peculiaridade individual, é papel das empresas saber integrar os ambientes a fim de extrair o melhor desses grupos em conjunto.
Diferentes gerações querem coisas diferentes e valorizam vantagens diferentes, por isso é preciso maleabilidade na hora de discutir contratos e condições de trabalho. O estímulo financeiro deixou de ser o único atrativo para a geração “tik-toker”: os jovens prezam cada vez mais por flexibilidade e trabalho remoto, além de se importarem menos com estabilidade em um único emprego.
Os recrutadores precisam levar tudo isso em consideração se quiserem atrair e reter talentos multigeracionais no futuro da contratação.
Considerações culturais em foco
O trabalho remoto definitivamente quebrou barreiras no mercado de trabalho, e uma delas é a possibilidade de poder trabalhar de qualquer lugar do mundo. Startups e fintechs já lidavam com isso, mas agora empresas de diferentes segmentos têm se deparado com a demanda de profissionais advindos de vários lugares.
Brasileiros que buscam se profissionalizar no exterior já encaram uma cultura muito mais desenvolvida nesse quesito, mas agora essa realidade começa a tomar conta do mercado brasileiro. Indianos, árabes e povos da América Latina têm buscado empresas de tecnologia renomadas com sede no Brasil.
Para lidar com diferentes culturas, é preciso começar pelo interior da empresa. A cultura organizacional precisa ser inclusiva, com profissionais de RH que saibam lidar com aspectos cotidianos distintos entre seus profissionais.
Tecnologia como aliada para recrutar e contratar
Por fim, não poderíamos deixar de abordar um ponto que interliga todos os citados anteriormente: de nada adianta investir em modernização sem olhar para o campo tecnológico. Setores de RH que limitam suas estratégias ao presencial estão fadados a ficar para trás.
O uso de tecnologia como aliada nos momentos de seleção e recrutamento é cada vez mais importante para empresas que desejam atrair os melhores profissionais do mercado.
Começando pelo banco de talentos, passando pelas entrevistas e chegando à etapa de contratação, todas as etapas de um recrutamento precisam ser acompanhadas de ferramentas que não só automatizam o processo, mas que contribuam para escolhas perfeitas para a empresa.
A adoção de ferramentas automatizadas pode contribuir nesse sentido. Elas são capazes de humanizar a relação entre empregador e funcionário desde o momento do processo seletivo até a adaptação em uma nova equipe. E, com certeza, são o futuro das contratações.
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