top of page
logo-fb.png

Automação humanizada: como personalizar as ferramentas de R&S

Mayla Araújo

A adoção de tecnologias nos processos de recrutamento e seleção deixou de ser uma tendência e passou a ser uma necessidade competitiva.


O motivo? Os processos automatizados e as plataformas de triagem passaram a ser determinantes para agilizar a análise de currículos, gerenciar um grande volume de candidaturas e, sobretudo, otimizar o tempo dos profissionais de RH.


Mas diante dessa iminente digitalização, surge um desafio fundamental: como manter a “humanização” dos processos e garantir que a experiência do candidato seja positiva e personalizada?


Essa questão se torna ainda mais relevante em mercados nos quais a experiência do colaborador começa antes mesmo da contratação.


Candidatos que se sentem valorizados e respeitados durante o processo seletivo tendem a desenvolver uma imagem positiva da empresa, influenciando diretamente a reputação de marca empregadora (ou employer branding).


Ao mesmo tempo, a automação consegue diminuir o tempo de contratação, reduzindo custos operacionais e elevando a assertividade na escolha do profissional certo.


Assim, o conceito de automação humanizada” surge como um caminho para conciliar o melhor dos dois mundos: a agilidade e a precisão das ferramentas tecnológicas com a empatia e a proximidade típicas de um bom recrutador.


A seguir, vamos entender por que isso é determinante para o futuro do R&S, como personalizar as ferramentas de automação e quais práticas podem fazer a diferença na experiência dos candidatos.


A importância de personalizar processos automatizados


Quando falamos em automação no recrutamento, estamos tratando de um campo que não se limita a filtrar currículos.


Ferramentas modernas permitem configurar mensagens personalizadas, analisar comportamentos dos candidatos ao longo das etapas e até utilizar algoritmos de inteligência artificial para identificar soft skills.


No entanto, se não houver um cuidado no desenho do fluxo de trabalho, o que deveria ser um processo humanizado pode se tornar frio e impessoal.


●       Reforço da marca empregadora: cada contato que o candidato tem com a empresa contribui para a construção de sua percepção sobre aquela organização.

●       Melhor experiência do candidato: quando a ferramenta de R&S é configurada para levar em conta o perfil do profissional, a jornada se torna mais fluida.

●       Otimização de tempo: uma boa configuração permite que o recrutador dedique tempo a tarefas estratégicas, dando atenção especial à triagem final e às entrevistas, etapas em que a proximidade humana é indispensável.


Boas práticas para uma automação mais humana


1. Definir etapas claras


Antes de colocar qualquer software de automação em prática, é importante que os times de RH desenvolvam um fluxo claro do processo seletivo – desde a candidatura até a oferta final.

Para isso, identifique em quais etapas é fundamental manter um contato mais pessoal e onde a automação pode atuar sem prejudicar a experiência do candidato.


● Pontos de contato “humanos”: entrevistas ou conversas iniciais (presenciais ou por vídeo).

Pontos de contato “automatizados”: envio de testes técnicos, lembretes de prazos, confirmações de recebimento de currículo.


Dessa maneira, o candidato percebe consistência e clareza, evitando confusões sobre qual será o próximo passo.


2. Personalizar mensagens e conteúdos


Quando falamos de mensagens automatizadas, precisamos levar em conta que mesmo elas podem – e devem – refletir o tom de voz e a cultura da empresa. Para isso, evite textos extremamente formais (em caso de uma cultura mais jovem, por exemplo) ou termos muito técnicos sem necessidade.

Sempre que possível:


● Utilize o nome do candidato nos e-mails.

● Explique, ainda que de forma sucinta, o objetivo da etapa (ex.: “Na próxima fase, avaliaremos suas habilidades práticas em situações do dia a dia da empresa”).

● Insira toques de empatia, como “Sabemos que este momento pode ser desafiador, então ficamos à disposição para esclarecer dúvidas”.


3. Configurar fluxos para feedbacks rápidos


Um dos principais problemas reportados por candidatos é a “falta de retorno” durante o processo seletivo. Nesse sentido, a automação pode ser uma grande aliada:


● Defina gatilhos que possam disparar mensagens ao candidato sempre que ele for aprovado ou reprovado em uma etapa.

● Utilize esses gatilhos para dar um feedback construtivo, quando possível. Mesmo que seja breve, o candidato percebe que há um cuidado em mantê-lo informado.


4. Manter a empatia nas entrevistas virtuais


Nos últimos anos, as entrevistas online ganharam espaço definitivo nos processos de seleção. Entretanto, para que esse formato otimize tempo e custos, é importante que o recrutador mantenha a empatia:


●       Inicie sempre a conversa com uma breve apresentação pessoal e da empresa.

●       Faça perguntas abertas e ouça com atenção.

●       Evite o excesso de anotações ou telas na sua frente, para não aparentar desinteresse.

●       Agradeça o tempo do candidato ao final e explique quando poderá dar um retorno.


Mesmo que a triagem e o agendamento tenham sido totalmente automatizados, o “toque humano” na interação ao vivo faz toda a diferença para a imagem que o candidato terá da organização.


5. Monitorar resultados e ajustar conforme necessário


Por fim, nenhum processo de automação funciona de forma plena sem revisões periódicas. Nesse sentido, acompanhar as métricas de recrutamento para identificar possíveis gargalos, como desistência em certas etapas ou alto volume de candidatos que não seguem no processo, é essencial.


●       Colete feedbacks dos candidatos: pergunte, ao final do processo, como foi a experiência.

●       Analise se há vieses (ex.: se algum perfil de candidatos vem sendo eliminado de forma desproporcional).

●       Ajuste mensagens padrão, prazos de envio e outros elementos do funil de contratação.


Esse monitoramento constante garante que a plataforma esteja sempre alinhada com as melhores práticas de R&S, além de manter um bom nível de satisfação dos candidatos.


Conclusão

Como é possível observar, a automação aplicada ao R&S não deve ser vista como mera substituta do contato humano, mas como um recurso estratégico para otimizar e personalizar processos.

Ao adotar fluxos bem estruturados e personalizados, as empresas conseguem equilibrar eficiência e humanização. E quando a automação é aliada à preocupação genuína com as pessoas, o RH ganha agilidade sem abrir mão da qualidade e do relacionamento próximo com os profissionais.


O Quickin, com suas soluções de recrutamento e seleção, pode ser uma aliada nessa jornada, ajudando a transformar desafios em resultados concretos e duradouros.

bottom of page