A employer branding e a experiência do candidato são consideradas dois dos principais componentes para atrair os melhores talentos para uma empresa. E embora pareçam tratar de coisas distantes, os dois conceitos são extremamente complementares.
Quando pensamos em employer branding e experiência do usuário, percebemos que existem sobreposições entre os dois pareceres que, unidos, podem se complementar e aumentar as chances de encontrar as melhores pessoas para uma vaga, ou prejudicar seu processo devido à divergências.
Antes de aprofundarmos a relação entre employer branding e experiência do candidato, precisamos definir o que cada um deles é.
A employer branding, também conhecida como marca do empregador, é essencialmente a reputação da sua empresa no mercado de trabalho e a percepção que seus colaboradores têm de você como um empregador.
Isso significa que ela diz respeito a: como os outros veem sua marca quando empregadora e como sua marca se apresenta para o mercado.
É muito mais que contar uma história convincente sobre quem você é, o que você representa e como é trabalhar na sua empresa. Assim, também diz respeito a comentários públicos que funcionários e candidatos geram organicamente quando falam sobre sua empresa e a reputação que é construída, tanto através de conteúdos relevantes sobre sua organização, como vídeos e imagens que são compartilhados em seu site de carreiras e canais de mídia social, quanto conversas e trocas em redes como o LinkedIn.
O conjunto de todas essa informações, evidencia como sua marca é percebida como empregador e ressalta a importância de construir uma marca autêntica com a combinação de estratégias conquistadas e adquiridas, informações e conteúdo que você divulga sobre sua empresa e que são divididos também por clientes, funcionários e, claro, candidatos à vagas.
A experiência do candidato é o impacto significativo em como os candidatos externos percebem sua empresa e formam uma opinião sobre a marca de seu empregador.
Em outras palavras, a maneira como você trata os candidatos reflete diretamente em você como empregador, para o bem ou para o mal, visto que a experiência do candidato é a percepção que um candidato a emprego tem do processo empregado durante a triagem por um emprego.
Essa percepção é formada a partir do primeiro ponto de contato do candidato com sua marca de empregador e continua até a conclusão de sua inscrição. E assim como acontece com a marca do empregador, é um jogo de somas desenvolvido ao longo de várias interações com sua empresa.
Portanto, cada uma das etapas de um processo seletivo dá ao candidato uma impressão positiva, negativa ou neutra da empresa, que irá moldar sua experiência geral. Da fase de pesquisa – e por isso a importância de ter uma página de carreiras, comunicação clara e colaboradores felizes -, passando pelo processo de inscrição e entrevista, feedback, indo até o onboarding.
Você pode estar se perguntando: “por que a marca empregadora e a experiência do usuário são relevantes para cumprir minhas metas e aumentar a retenção de talentos?”.
Simples: com uma marca forte, tanto a retenção quanto o custo por contratação custam menos para sua empresa. E a razão para isso é que quanto melhor você desenvolver sua comunicação de marca, maior será a probabilidade de atrair e reter os melhores talentos com facilidade.
Isso aumentará as chances de os talentos buscarem sua empresa, e não o contrário. Afinal, companhias com uma história e cultura forte, atraente e única são um lugar desejável de se trabalhar.
E ao desenvolver ativamente e nutrir uma marca empregadora atraente, você garantirá uma vantagem competitiva sobre outras empresas em sua indústria ou segmento de mercado. Isso também permitirá que você organize e gerencie ativamente a imagem da sua companhia e invista em processos mais inteligentes e com resultados benéficos para candidatos e empresa durante a jornada de contratação de novos funcionários.
Com uma marca empregadora reforçada, a experiência de candidato ganha outro tom e torna-se muito mais uma vivência em torno da ambição de conquistar aquele espaço nesse ambiente.
Dessa forma, invista em tornar o processo agradável e receptivo, evitando que histórias ou experiências negativas definam sua narrativa, como a falta de feedback ou interesse em sua empresa por falta de comunicação.
Afinal, se a marca empregadora é o primeiro passo para o sucesso na captação de novos talentos, é a experiência do candidato que conduz o processo de interessado à novo contratado satisfeito.
Não há nada mais prejudicial para o seu relacionamento com um candidato e, consequentemente, com o mercado do que deixar a sensação de que ele não foi tratado com consideração. Portanto é fundamental mostrar um apreço genuíno por seu tempo e interesse, pois o objetivo aqui é manter um relacionamento benéfico para a instituição aos olhos desse candidato mesmo que ele não tenha obtido sucesso em sua candidatura ao emprego.
Ao fazer isso, você pode manter o interesse dele em sua empresa, mas também reflete como seus funcionários são tratados após a contratação. Uma empresa que presta atenção aos candidatos, certamente investe e torna seus colaboradores fãs da marca para qual trabalham. E isso é um trunfo diante do mercado!
Afinal, não apenas críticas, mas histórias sobre uma ótima experiência de candidato se espalham nos canais nos quais os candidatos compartilham suas histórias e ideias sobre os empregadores. E os melhores talentos terão acesso a isso, de forma que é provável que você veja mais candidatos altamente qualificados se candidatando às suas funções caso sua marca tenha um bom histórico.
Como você pode perceber, existem muitas complementações entre a experiência do candidato e a marca empregadora. Isso ocorre principalmente quando o que você está dizendo às pessoas e o que elas vivenciam na realidade são experiências honestas e alinhadas.
Em outras palavras: as mensagens propagadas como marca empregadora devem ser condizentes com o que os candidatos realmente experimentam em seu processo de candidatura.