Durante o processo de recrutamento e seleção para as vagas da sua empresa você já se perguntou se sua equipe seleciona os candidatos corretamente? Já questionou se as primeiras filtragens são feitas de forma justa ou seguem padrões ultrapassados?
Afinal, no momento em que escolhemos os talentos que seguirão em uma candidatura ou mesmo quando elegemos aquele que acreditamos ter mais afinidade com as posições disponíveis, levamos em consideração o desempenho na entrevista, histórico profissional e várias outras informações e características presentes no currículo.
Mas será que realizamos essa triagem da forma correta ou nos limitamos aplicando filtros que, muitas vezes, não são justos com todos os pretendentes?
Com redes sociais voltadas para o mercado de trabalho, como o LinkedIn, essa pergunta surge todos os dias. Afinal, nos deparamos com frequência com candidatos extremamente qualificados que permanecem sem oportunidade.
Um dos principais motivos para esse movimento, é a decisão por aplicar processos obsoletos nos processos de contratação desde seu início.
O processo de recrutamento e seleção é a porta de entrada dos profissionais que atuarão nas áreas da empresa. Ele é responsável, portanto, pela atração e escolha daqueles que irão integrar os diversos times responsáveis pela rentabilidade da corporação.
Levando em consideração diversos critérios que vão desde experiência, passando por cultura e até diversificação do corpo de colaboradores, esse processo é uma das principais atribuições dos setores de RH. E o principal objetivo dos recrutadores é ter a opção de escolha diante do maior número de pessoas qualificadas para ocupar um cargo.
A segunda parte desse processo, a seleção, é feita através da avaliação dos principais candidatos alinhados às exigências da empresa. E para facilitar essa atividade, estratégias e processos de filtragem são aplicados. Mas será que são os mais adequados?
Essa peneira através das quais os currículos são eliminados ou selecionados é uma etapa importante e que deve ser feita com atenção. Porém muitas das estratégias para a otimização desse processo acabam esbarrando em preconceitos do mercado que fazem com que muitas empresas percam excelentes profissionais.
E sendo esse processo uma forma de garantir os melhores candidatos, perder um bom talento ou até mesmo selecionar alguém que não se encaixa na vaga com base em informações não tão relevantes pode ser um problema.
Nesse momento você pode estar se perguntando: “Ok, mas quais são as informações que prejudicam o processo de recrutamento e seleção?”. E diante desse questionamento, é importante que se proponha uma reflexão: que informações são cruciais para a garantia de uma escolha adequada para a vaga que você está ofertando?
Sabemos que o processo seletivo para as áreas de operações são diferentes dos realizados para a administração ou mesmo para o time de marketing, por exemplo. Afinal, determinadas vagas exigem formação técnica enquanto outras precisam até que as habilidades sejam reconhecidas por Conselhos.
Porém, com exceção desses casos, muitas empresas realizam seus processos baseados não em histórico, experiência e desempenho dos profissionais. Não é difícil encontrar processos que limitam suas opções ao gênero ou mesmo às instituições em que os candidatos completaram seus estudos, por exemplo.
Isso elimina uma parcela grande de profissionais que estão buscando oportunidades para mostrar e fazer a diferença. Afinal de contas, o gênero e a faculdade que cursaram não apresentam seus diferenciais no dia a dia de trabalho.
Mas então, como realizar uma triagem justa e completa de acordo com as vagas disponíveis na empresa? Primeiramente, você pode começar destrinchando as reais necessidades e habilidades que os candidatos precisam ter definindo um conjunto de tarefas ao determinar as características da vaga.
Comece:
1. Realizando um planejamento da vaga baseado nas informações mais importantes e atividades diárias que ela irá exigir.
Evite informações muito superficiais. Quanto mais minuciosa for descrição da vaga, com detalhes importantes como o que é imprescindível para ocupá-la, e inclusive fazer uma check-list para conferir as aptidões dos candidatos que se inscreverem para ela.
2. Utilizar testes online e offline baseados nas obrigatoriedades mencionadas no item anterior.
Realizar testes práticos para entender o nível de conhecimento dos candidatos é super comum e ajuda o recrutador a entender melhor a senioridade do conhecimento de todos. Assim fica mais fácil para entender se a sabedoria dos talentos sobre assuntos específicos é suficiente para as obrigações da função.
3. Tenha um time focado no processo.
E mais do que isso: envolva os gerentes e heads de área na escolha. Uma vez que o processo seletivo para alguma vaga acaba por sobrecarregar os recrutadores, a análise dos currículos por parte dos gestores é igualmente importante. Mas quando outros membros da equipe podem conduzir parte das ações, o trabalho pode ser executado com uma velocidade e qualidade maiores.
4. Busque um software que auxilie na triagem de forma mais assertiva.
Através de um processo automatizado, é possível rankear e determinar que informações são relevantes no CV dos candidatos. Tempo de experiência, fundamentos em alguns softwares específicos, entre outras informações realmente importantes!
Optando por levar em consideração aquilo que realmente deve sobressair nos candidatos, a chance de selecionar alguém alinhado às necessidades de cada vaga aumenta consideravelmente. Tendo isso em mente, elimine métodos e filtros que, embora tradicionais, podem evitar que você selecione a pessoa que realmente pode fazer a diferença na sua empresa!